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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Jongo, o africano brasileiro

Essa postagem tem influência de um amigo, o Duda, do Instituto Brasilidades. Vou falar um pouco sobre o Jongo (também conhecido por Caxambu), que é mais um ritmo de origem africana (tipo de Umbigada), trazida pelo escravos ao Brasil e que influenciou muito o Partido Alto. Para muitos sambistas o Jongo é o avô do Samba.

Os jongueiros eram verdadeiros poetas-feiticeiros, xamãs, que se desafiavam nas rodas de jongo para disputar sabedoria. Com o poder das palavras e uma forte concentração, buscavam encantar o outro por meio da poesia do ponto de jongo.


 O jongo é uma dança dos ancestrais, dos pretos-velhos escravos, do povo do cativeiro e, por isso, pertence à "linha das almas". Contam que aquele que tem a "vista forte" é capaz de enxergar um antigo jongueiro falecido se aproximar da roda para relembrar o tempo em que dançava o caxambu. Contam também que alguns jongueiros, à meia-noite, plantavam no terreiro uma muda de bananeira que, durante a madrugada, crescia e dava frutos distribuídos para os presentes.

Os versos do partido-alto e do samba de terreiro são inventados na hora pelo improvisador. Esse canto de improviso nasceu das rodas de jongo. A umbigada, que na língua quimbundo se chama "semba", originou o termo samba e também faz parte do samba primitivo. A "mpwita", instrumento congo-angolano presente no jongo, é a avó africana das cuícas das baterias das escolas de samba.

Abaixo dois vídeos explicando um pouco mais sobre o Jongo.


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