Resolvi falar do Partido-Alto, para mim, o mais tradicional estilo de samba.
Surgiu no início do século XX dentro do processo de modernização do samba urbano do Rio de Janeiro. Tem suas origens nas umbigadas africanas e é a forma de samba que mais se aproxima da origem do batuque angolano, do Congo e regiões próximas.
Inicialmente caracterizado por longas estrofes apoiados em refrões curtos, o samba de partido-alto ressurge a partir da década de 1940, cultivado pelos moradores dos morros cariocas, mas já agora não incluindo a improvisação individual, pelos participantes, de quadras cantadas a intervalos de estribilhos geralmente conhecido de todos.
O partido-alto da década de 1970 sofreria outras modificações até servir de combustível para o movimento conhecido por pagode de raiz, movido a banjo e tantã. Antes, pagode era o nome dado no Brasil a reuniões festivas, regadas a samba (especialmente a vertente do partido alto), comida e bebida. No início da década de 1980, os pagodes eram febre no Rio de Janeiro e o termo logo compreenderia um novo estilo de samba, rapidamente transformado em produto comercial pela indústria fonográfica. Os antes grandes partideiros (Paulo da Portela, Elton Medeiros, Candeia, Xangô da Mangueira, Guilherme de Brito, Casquinha, entre outros, ganharam a Companhia de Dona Ivone lara, Arlindo Cruz, Sombrinha, Almir Guineto, Nei Lopes, Zeca Pagodinho e, mais recentimente, Dudu Nobre.
Partido cantado por Xangô da Mangueira:
Aula de partido com grandes mestres :
Documentário Mestres do Partido - Canal Brasil
Muitas vertentes, muitos talentos, cujo resultado é uma prazerosa e telentosa musica popular brasileira. Que previlégio !!!!
ResponderExcluirLuiz